Friday, August 23, 2024

Traves no olho do dia a dia

 


Neste mundo noite

o sonho se congela ante à vigília

ao ver os ossos favelados

percorrer meu sujo para-brisa

das palavras não ditas

das palavras mau-ditas

nos elétricos semáforos

do ver e já se esquecendo

dos braços ressequidos

das mortes lentamente

dos olhos alheados

das ideias egoístas

dos sentimentos não sentidos

das bombas morais que não se via

nos centavos escondidos

O amanhecer da morte

No mofado ganha pão de cada dia.



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